A cada dia que passa o Gabriel vai se adaptando melhor à escolinha. Algumas manhãs, principalmente as de segunda-feira, são piores na hora da despedida e ele acaba chorando. Mas segundo a professora é passageiro e logo ele fica bem. Ele participa de todas atividades e por isso já recebeu dois elogios na agenda. Também é muito elogiado por seu comportamento carinhoso e alegre. Enfim, ele está fazendo tanto sucesso na escolinha que está até arrumando namoradinha... Ah moleque!
Decidi criar esse blog para registrar e compartilhar com vocês a experiência única de ser pai do Gabriel, um garotinho que veio ao mundo em 25/02/2008, mas que está presente em minha vida e na de minha esposa desde o dia dos namorados de 2007, quando o fizemos com muito amor e carinho. Bebê, papai e mamãe te amam muito!
terça-feira, 23 de março de 2010
A união na hora de dormir
A cada dia nos surpreendemos com o Gabriel. Como é legal poder ver e participar do seu desenvolvimento. A olho nú ele vai se transformando, crescendo, aprendendo e falando palavrinhas novas e, claro, aprontando todas.
Sua mais nova mania, vamos chamar assim, começou na semana passada na hora de preparar-se para dormir. Normalmente a mamãe é quem o leva para o quarto, troca a fralda, coloca o pijama e fica com ele no colo, no escurinho, até ele dormir. Mas agora ele quer que o papai o leve até o quarto e fique ali com ele e com a mamãe até ele dormir. Quer ver todos ali juntinhos.
Acho isso muito bonito e não tem como negar que nosso anjinho, na sua inocência, não pede nada mais que a união da família. Nessa nossa vida atribulada às vezes sai cada um para um lado e, mesmo dentro de casa, cada um fica fazendo uma atividade e acaba sobrando pouco tempo para a familia se reunir. Então o Gabriel deu um jeito nisso. Na hora em que ele vai dormir, ficamos os três ali reunidos no quarto dele. E pensa que ele fica quieto? Claro que não. Ele olha para a mamãe, depois olha para mim e dá aquele sorrisão, demonstrando a felicidade em ter todos ali com ele!
Tudo isso só nos leva a pensar na benção que é ter um filho e especialmente o Gabriel aqui conosco. Um menino saudável, ativo (muito ativo!) e carinhoso, que gosta do papai, da mamãe, dos avós, dos titios e das suas coisinhas. Enfim, um anjinho que foi enviado para nós e tem nos dado muita alegria e nos ensinado muito sobre a arte de viver e amar.
Com ele vamos amadurecendo devido às nossas responsabilidades, mas ao mesmo tempo, voltamos a ser crianças. Afinal ele nos transporta para um mundo de fantasias e alegria, fácil, fácil...
domingo, 21 de março de 2010
Senna 50
Se estivesse vivo Ayrton Senna completaria hoje 50 anos de idade. Há 16 anos nosso herói se foi, mas é incrível como ele ainda permanece vivo em nossa memória.
Hoje, lendo o jornal, me deparei com uma entrevista de sua irmã Viviave. Ela citava como Senna era aficionado por carros e bicicletas desde pequeno. A ponto de segurar o xixi até o último instante para não parar de brincar.
Na hora veio o Gabriel na minha cabeça e a sua paixão pelos carrinhos. Não estou dizendo que ele será piloto e nem muito menos um Senna. Só lembrei da situação em sí. Como já disse aqui, ele é um garotinho apoixado por carros, carrinhos e caminhões. Acorda falando em carros, vai à escolinha levando um carrinho nas mãos e quando está sentado no carro vai prestando atenção na paisagem e nos carros que passam na rua. Ele também não gosta nem um pouco de ter que parar de brincar com seus carrinhos para ir comer, trocar a fralda ou tomar banho. Até na hora de dormir leva um carro consigo para a cama.
Claro que ele é apenas um garotinho que gosta de brincar com carrinhos e isso, na minha opinião, não tem relação nenhuma com sua futura profissão. É apenas uma paixão e um divertimento. Mas, também concordo que se essa paixão for estimulada pode resultar em algo mais. Desde que ele queira. Nada forçado e muito menos comparável aos casos de sucesso, como o do Senna. Afinal os insucessos são bem maiores e só ficamos sabendo sobre quem se deu bem. O importante é que ele curta a sua infância, prepare-se na escola e com uma formação adequada possa escolher o seu caminho e ser feliz.
O que sei é que quando o Gabriel for maiorzinho e entender vou falar com ele sobre quem foi Ayrton Senna, mostrar os DVDs de corridas que tenho e passar para ele o exemplo de determinação e superação que o herói tinha. Tenho certeza que isso, aliada a paixão por carros que o Gabriel tem, irá contribuir muito em sua educação e o tornará um ser humano melhor.
Valeu Senna!
sábado, 13 de março de 2010
O Pai Perdoa
Abaixo reproduzo um dos clássicos do jornalismo norte-americano, "Father Forgets" (O pai perdoa) de autoria de W. Livingston Larned. Esse texto apareceu a primeira vez como editorial no People's Home Journal:
"Escute, filho: enquanto falo isso, você está deitado, dormindo, uma mãozinha enfiada debaixo do seu rosto, os cachinhos louros molhados de suor grudados na fronte. Entrei sozinho e sorrateiramente no seu quarto. Há poucos minutos atrás, enquanto eu estava sentado lendo meu jornal na biblioteca, fui assaltado por uma onda sufocante de remorso. E, sentindo-me culpado, vim para ficar ao lado de sua cama.
Andei pensando em algumas coisas, filho: tenho sido intransigente com você. Na hora em que se trocava para ir à escola, ralhei com você por não enxugar direito o rosto com a toalha. Chamei-lhe a atenção por não ter limpado os sapatos. Gritei furioso com você por ter atirado alguns de seus pertences no chão.
Durante o café da manhã, também impliquei com algumas coisas. Você derramou o café fora da xícara. Não mastigou a comida. Pôs o cotovelo sobre a mesa. Passou manteiga demais no pão. E quando começou a brincar e eu estava saindo para pegar o trem, você se virou, abanou a mão e disse: "Tchau, papai!" e, franzindo o cenho, em resposta lhe disse: "Endireite esses ombros!"
De tardezinha, tudo recomeçou. Voltei e quando cheguei perto de casa vi-o ajoelhado, jogando bolinha de gude. Suas meias estavam rasgadas. Humilhei-o diante de seus amiguinhos fazendo-o entrar na minha frente. As meias são caras. Se você as comprasse tomaria mais cuidado com elas! Imagine isso, filho, dito por um pai!
Mais tarde, quando eu lia na biblioteca, lembra-se de como me procurou, timidamente, uma espécie de mágoa impressa nos seus olhos? Quando afastei meu olhar do jornal, irritado com a interrupção, você parou à porta: "O que é que você quer?", perguntei implacável.
Você não disse nada, mas saiu correndo num ímpeto na minha direção, passou seus braços em torno do meu pescoço e me beijou; seus braços foram se apertando com uma afeição pura que Deus fazia crescer em seu coração e que nenhuma indiferença conseguiria extirpar. A seguir retirou-se, subindo correndo os degraus da escada.
Bom, meu filho, não passou muito tempo e meus dedos se afrouxaram, o jornal escorregou por entre eles, e um medo terrível e nauseante tomou conta de mim. Que estava o hábito fazendo de mim? O hábito de ficar achando erros, de fazer reprimendas? Era dessa maneira que eu o vinha recompensando por ser uma criança. Não que não o amasse; o fato é que eu esperava demais da juventude. Eu o avaliava pelos padrões da minha própria vida.
E havia tanto de bom, de belo e de verdadeiro no seu caráter. Seu coraçãozinho era tão grande quanto o sol que subia por detrás das colinas. E isto eu percebi pelo seu gesto espontâneo de correr e de dar-me um beijo de boa noite. Nada mais me importa nesta noite, filho. Entrei na penumbra do seu quarto e ajoelhei-me ao lado de sua cama, envergonhado!
É uma expiação inútil; sei que, se você estivesse acordado, não compreenderia essas coisas. Mas amanhã eu serei um papai de verdade! Serei seu amigo, sofrerei quando você sofrer, rirei quando você rir. Morderei minha língua quando palavras impacientes quiserem sair pela minha boca. Eu irei dizer e repetir, como se fosse um ritual: "Ele é apenas um menino, um menininho!"
Receio que o tenha visto até aqui como um homem feito. Mas, olhando-o agora, filho, encolhido e amedrontado no seu ninho, certifico-me de que é um bebê. Ainda ontem esteve nos braços de sua mãe, a cabeça deitada no ombro dela. Exigi muito de você, exigi muito."
terça-feira, 9 de março de 2010
Papai! Mamã!
Agora quando Gabriel quer falar comigo ou mostrar-me alguma coisa ele lança um "papai" e se eu não respondo de imediato ele fica chamando "papai?", "papai?". Até ter um "oi" como retorno. Às vezes ele chama por nada. Apenas para ver se estamos ali e prestando a atenção nele. Outras vezes ele chama e fala algo que só ele entende. Mas mesmo assim espera um retorno.
Com a mamãe é a mesma coisa. Ele chama "mamã", "mamã". E espera a resposta. O mais engraçado é que normalmente respondemos com um "oi". E ele já percebeu isso. Por isso quando chamamos "bebê", ele já responde "oi". É incrível como ele nos copia...
E tem mais: ao acordar, seja no horário normal ou de madrugada, dependendo do dia e da vontade ele chama por "papai" ou "mamã" e não adianta ir outro lá no berço. Se ele chamou "mamã" a mamãe é quem tem que ir. Se chamou "papai"...
Na última segunda-feira às 4:00 horas da madrugada ele acordou e quando a mamãe foi até o berço ver o que acontecia, ele começou a chorar e chamar "papai", "papai". Sobrou prá mim. Tive que levantar e ir acolher a cria. Incrível como a gente vai morrendo de sono, meio mole, mas quando chega no berço e o pega no colo parece que tudo passa. Somos capazes de ficar um bom tempo com ele no colo até que adormeça e nem reclamar. Ficamos ali olhando aquela criancinha totalmente indefesa e dependente e pensando na vida. Apesar do horário, reflexão melhor não tem!
segunda-feira, 8 de março de 2010
Ser pai
Ser pai é uma experiência única. Cheia de responsabilidades, de momentos de incertezas e preocupações, mas a recompensa é muito gratificante. Ter um filho e cuidar dele demanda muita responsabilidade dos pais, porém essa experiência faz você amadurecer demais. Depois do nascimento do filho, a sua vida nunca mais será a mesma. Na minha opinião é quando nos tornamos homem de verdade.
Costumo dizer que o casamento provoca mudanças em nossa vida, afinal é quando deixamos a casa dos nossos pais e vamos morar juntos com a pessoa amada. Mas se existir o amor de verdade, o casamento você tira de letra, pois é você e sua mulher. Permite uma flexibilidade maior. Se não quiserem jantar em casa, podem sair para um restaurante ou para um barzinho. Podem viajar para onde e quando quiserem e até mesmo ir ao cinema e namorar quando der vontade.
Mas quando você tem um filho é que a sua vida muda de verdade. A maior parte das suas responsabilidades e tarefas estão relacionadas ao bebê. Você já não pode sair para onde e quando quiser. Não pode ir ao cinema. Nem dormir direito pode! O mais incrível é que você acorda de madrugada para acodi-lo e nem reclama, pois ao ver aquele bebezinho indefeso e totalmente dependente clamando por você, a entrega é total. Se preciso for você passa a madrugada com ele no colo. Só vai sentir no dia seguinte quando estiver trabalhando, mas se precisar faz tudo de novo em nome do filho e da família. Isso é muito estranho, mas quem tem filho entende o que eu quero dizer.
E assim, a família vai se formando e se fortalecendo. Os vínculos aumentam, as responsabilidades também! O casal tem que dividir o seu tempo com o bebê e com os afazeres, mas o incrível é que o ser humano tem uma capacidade monstro para adaptar-se a uma nova situação. E por isso o amor só vai aumentando e as coisas continuam acontecendo, só que dentro de uma nova rotina. Sempre privilegiando o bebê.
Obrigado meu Deus pela vida e pela família que o Senhor me deu. Obrigado por minha esposa carinhosa, que é uma mãe muito dedicada e guerreira. Obrigado por ter nos enviado o Gabriel, saudável e esperto. Ele tem nos ensinado muito!
quarta-feira, 3 de março de 2010
Vovô cabeça de batata
Na festa de aniversário do domingo, o Gabriel ganhou alguns presentes e a maioria deles são brinquedos. Minha diversão é ficar estimulando-o perguntando quem deu determinado presente. E ele até que se sai bem!
Quando pergunto quem deu o cavalinho ele diz: "o vovô". O carrinho azul "a vovó". O caminhão e os carrinhos do Hot Wheels " a Tetê" (?). E assim por diante...
Ele também ganhou um brinquedo chamado "Sr. Cabeça de Batata". Que é uma batata imensa que vem com algumas partes do rosto e acessórios (óculos, nariz, bigode, etc...) para serem encaixadas e trocadas formando vários estilos e fisionomias.
Mas como explicar para ele que o brinquedo se chama "Sr. Cabeça de Batata"? Simplifiquei. Falei que era o vovô. E ele adotou. Agora só chama o tal "Sr. Cabeça de Batata" de vovô. Só não sei qual deles. Se o meu pai ou o meu sogro. Quem sabe quando ele for um pouquinho maior possa nos explicar...
Tio Gu
Cada dia que passa o Gabriel nos impressiona com a velocidade de seu desenvolvimento e o quanto é inteligente e esperto.
De um dia para outro, surgem novas palavrinhas em sua boca e vez ou outra uma nova atitude, gosto ou percepção da vida. Garanto que todas aprendidas nos observando.
Falamos uma palavra ou fazemos uma ação diferente e lá está ele nos observando para imitar depois. E o pior é que ele consegue! E mais rápido do que você imagina.
Hoje eu estava lendo o blog do meu cunhado Gustavo com o Gabriel no colo. Ao ver a foto do Gustavo no computador, disparou: "o tio Gu, o tio Gu". Apesar dele conhecer o tio Gu , foi a primeira vez que ele disse "tio Gu". E mais uma vez inesperadamente...
A noite quando a mamãe chegou, comentei com ela e mostrei uma foto do Gustavo para ele falar "tio Gu" para a mamãe ouvir. Ele disse, mas nos pegou de novo. Ao lado tinha a foto da minha cunhada Soraya. E ele soltou um "aiaia". Esse moleque é demais mesmo!
Nós é que somos (e ficamos) bobos...
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