Sempre que chego em casa ou vou buscá-lo na escola, quando me vê, o Gabriel pergunta: "o que você comprou prá mim?". E na maioria das vezes eu respondo: "hoje o papai não comprou nada, filho" e explico que não é todo dia que se ganha presente, que o papai foi trabalhar e não foi à loja, e blá, blá, blá... Mas ele não desiste e sempre vem com a perguntinha dele e acaba vencendo pelo cansaço ou pela carinha de triste que faz quando ouve que não comprei nada. Realmente, a estratégia dele funciona.
Com a mamãe é a mesma coisa. É só ela chegar em casa, que vem a famosa perguntinha. Na maioria das vezes, antes de cumprimentá-la. Só que a mamãe responde com uma pergunta: "e você, comprou o que para mim?". Diante da resposta negativa dele, ela completa: "eu também não comprei nada para você filho..." seguida das mesmas explicações.
Ontem quando fui buscá-lo na escola, já dentro do carro, ele me pergunta: "papai, vamos comprar uma flor para a mamãe?" Achei bonita a intenção, mas ao mesmo tempo estranha e por isso perguntei por que ele queria comprar uma flor para a mamãe. A resposta foi imediata: "vou comprar uma flor para ela, porque assim quando ela chegar em casa e perguntar o que eu comprei para ela, vou dizer que comprei uma flor. Aí ela vai ter que me dar um presente também..."
É mole ou quer mais?